Edição de 2019 do Enovar

Edição de 2019 do Enovar

A edição de 2019 do Enovar teve início num clima de “renovação inadiável”, ideia sublinhada pelo Pe. Jorge Silva Santos, o director nacional Alpha, e por D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz, ao dar as boas-vindas aos participantes que enchiam o auditório do Espaço Vita, em Braga.

Na sessão de abertura, o Pe Jorge Santos alertou para a necessidade da definição de uma visão e estratégia pastorais, na importância de se pensar o processo que leva a que um discípulo passe da paixão à acção – o lema deste evento – entendendo-se por paixão o entusiasmo da fé, o amor forte que vem do encontro com Cristo.

D. Jorge Ortiga afirmou a “urgência de uma renovação e de uma reforma” na pastoral da Igreja. “É mais usual centrar as prioridades no exercício de uma reforma. Mas ela, na ausência de um processo de renovação, não convencerá ninguém”, afirmou o Arcebispo de Braga, para quem “em experiências de pequenos grupos, de âmbitos diferentes, devemos promover a cultura do encontro perante a generalizada cultura da indiferença, na comunhão uns com os outros. (…) Como consequência, as paróquias, comunidade de comunidades, anunciarão, de um modo credível, o Evangelho como alegre notícia para hoje.”.

D. Virgílio Antunes, numa entrevista conjunta com Florence de Leyritz, conduzida pela Isabel Gaspar, sobre o tema “Plano Pastoral”, assumindo que são os próprios cristãos o grande obstáculo à evangelização e que o trabalho em equipe é o grande local de sofrimento na Igreja, incentivou os presentes ao desafio da experiência, a passar das ideias ao plano operativo, a mergulhar e contactar mais intensivamente com a palavra de Deus.

Mais tarde o nosso bispo haveria ainda de subir ao palco para apresentar o livro prefaciado por ele e que ali foi finalmente lançado em português, apesar de servir já há alguns anos para muitos padres, paróquias e cristãos de Portugal: Renovação Divina do Pe. James Mallon. Como ele próprio refere no prefácio, “As comunidades cristas têm inscrita na sua identidade a força da contínua renovação, que se torna real quando se deixam conduzir pela força do Espírito Santo e se decidem a viver na fé. Falha frequentemente a capacidade humana de discernir a situação em que nos encontramos e quais os caminhos a percorrer em ordem à renovação desejada. A falta de uma visão objetiva e clara sobre a vida da comunidade e a ausência de perspetivas quanto ao futuro são demolidoras para uma paróquia ou para qualquer outra comunidade eclesial.”

Numa conferência sobre a Visão Pastoral, Florence Leirytz, uma apaixonada pela evangelização que em França esteve na origem do percurso Pasteurs selon mon Coeur pelo qual já passaram mais de mil padres e 70 bispos, entre os quais o nosso vigário para a pastoral, Pe. Jorge Santos, haveria dar aos presentes pistas para encontrar uma visão pastoral para a comunidade e para cada um individualmente: qual a minha visão do meu trabalho na Igreja, qual a visão do meu Grupo de Jovens, do Grupo Coral, etc? Esta visão deverá ser expressão do grito que vem da nossa comunidade e que vai para Deus, deverá dar resposta à nossa santa insatisfação e até despertá-la e aumentá-la. Uma visão que nos leve à transição para uma Igreja comunidade de discípulos: tornar-se arquiteto de processos pastorais.

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