No passado sábado os irmãos da nossa Unidade Pastoral, em especial os membros das Células Paroquiais de Evangelização, foram convidados para um dia de recoleção com o Pe Marcelino Paulo de Braga.
Terminámos a manhã com um longo tempo de adoração e, depois de termos rezado Laudes no início da manhã, os presentes foram interpelados pelo pregador a encarar o advento como um tempo de desejo. Embora tendamos a encarar o Natal como memorial de um evento passado há cerca de dois milénios, a liturgia encara este acontecimento como presente e, sobretudo, futuro: o dia de Natal como o dia do encontro com Deus, o dia em que finalmente iremos ver Deus face a face, abraçá-Lo ou deixarmo-nos abraçar por Ele. De tal modo que os primeiros cristãos encaravam o momento da morte como o seu Natal, o seu dia de Natal.
Sendo o advento um tempo de desejo e de fomento do desejo, e acertando que a principal missão do Cristão é a de manter viva a chama do desejo, fomos convidados a encarar este momento litúrgico como um tempo de espera e de vigia, de desejo daquele que pressentimos, mas que ainda não podemos tocar, Deus encarnado.