Fiz o meu Alpha no último trimestre de 2020, já em plena pandemia e numa versão totalmente online. Tive conhecimento do percurso por intermédio de Amigos, que tanto insistiam comigo para o fazer… Não recordo quantas vezes fui desafiado, mas sempre adiava porque “Não há tempo”, “Tenho muito trabalho” e “Fica para a Próxima”.
Surgiu então o confinamento de 2020 e o teletrabalho. Emergem também as novas ferramentas de comunicação digital. Perante um novo convite, para participar no 2º Alpha online da paróquia de São João Batista, resolvi aceitar, já que o poderia fazer confortavelmente, a partir da minha secretária ou do meu sofá.
Então, sem o esperar, o Alpha foi uma incrível experiência! Tal como me tinham dito no convite, no Alpha ninguém é obrigado, ninguém é persuadido e ninguém é condicionado. A timidez e desconfiança inicial, rapidamente desapareceu, para dar lugar a uma intensa empatia e união de grupo. O que o Alpha tem de diferente e de extraordinário, é exatamente este ambiente de liberdade, de descontração e de igualdade, em que cada um pode partilhar e discutir as suas opiniões, as suas crenças e as suas dúvidas, numa fraterna convivência sem tabus.
Sempre vivi a minha Fé (e também a falta dela), de uma forma muito própria, independente, e muitas vezes “escondida”. O Alpha mudou essa vivência, alimentada por novos e verdadeiros Amigos, muitos que ainda só conheço “virtualmente”, mas que me fizeram (re)viver novamente a Fé em Cristo.
O percurso terminou no Natal, mas as surpresas continuavam. Ao convite do “cativante” Padre Jorge, aceitei novo desafio de continuar a fazer o Alpha, desta vez nas equipas de animação, mas ainda de forma hesitante porque “não tenho tempo”.
De forma subtil, quase inexplicável, reorganizei o meu tempo no trabalho, a minha motivação aumentou e o tempo que nunca tinha, pareceu surgir do nada. Dei por mim a mudar prioridades, tempo para o trabalho, tempo para a minha mulher e para o meu filho, tempo para os meus pais, tempo para estudar, mas também tempo para a minha nova família em Fé de SJB que tanto adoro!
Hoje posso dizer que compreendo melhor o termo Comunidade e Igreja. Quando nos dedicarmos um pouco mais aos outros, vemos a Vida de modo diferente. As nossas fraquezas, medos, frustrações e tristezas perdem importância para se transformarem em Força, Coragem, Motivação e Alegria.
Com Fé e Confiança partilhemos o Amor de JC numa nova forma de (Vi)ver a Vida.
Um Abraço Fraterno!
Luís Miguel Pires