Sempre na primeira quinta-feira de cada mês, temos em São João Baptista esta oração animada pela Comunidade Emanuel.
O propósito é aquele que está enunciado no título: que seja uma oportunidade de pedir a cura, seja ela física, psíquica ou espiritual, a quantos lá queiram ir ou daqueles que quem lá vai leva no coração.
Na passada quinta-feira, dia 2 de dezembro, começamos por um longo tempo de louvor ao Senhor, a que se seguiu uma pequena palestra de 10 minutos a partir do Evangelho da Anunciação e depois, diante do Senhor exposto no Santíssimo Sacramento, um tempo de cura, intercessão e misericórdia.
Em janeiro, por causa das restrições já anunciadas pelo governo, não haverá. A próxima sessão será, assim, dia 3 de fevereiro, se até lá não houver mais surpresas por conta da pandemia.
Deixamos aqui alguns excertos do mini-ensinamento da Inês Pereirinha, a partir do Evangelho da Anunciação:
Como a Maria pela voz do anjo, o Senhor começa por dizer a cada um de nós; “Salve, alegra-te, Eu estou contigo!” Aqui está uma verdade fundamental que ilumina toda a nossa vida: O Senhor está connosco, em todos os lugares e sempre. É o “Emanuel”, profetizado por Isaías, o “Deus connosco” que quer a nossa felicidade. Então nós podemos, como Maria, alegrarmo-nos com este grande benefício, e exprimir a nossa alegria de sermos salvos e amados louvando a Deus, cantando como fazemos no início das nossas orações.
E o anjo Gabriel diz em seguida a Maria: “Não temas”. É também a nós que isto é dito pelo Senhor: não temas, não tenhas medo de mim. Permanece na paz, porque Eu te concedo a minha graça e estou ao teu lado em cada instante, sobretudo quando é mais difícil e duro para ti. Permanece na confiança, fica consolado pela minha presença e pela minha misericórdia.
Mas nós também temos perguntas, que não são sempre assim tão puras como as de Maria. No entanto, são as que temos e são essas que colocamos a Deus. “Como será isso?” Essa saída do túnel, como será, quando irá acontecer? Esta cura, este perdão, esta paz, como e quando, Senhor? As nossas interrogações são normais, legítimas. Mesmo as nossas dúvidas. Elas são acolhidas por Deus, não são rejeitadas, e Deus vai dar-nos uma resposta, a resposta essencial.
“O Espírito Santo virá e o seu poder te cobrirá”. Aquilo que nos é prometido, a nós como a Maria, é de recebermos a força do próprio Deus. Não temos que contar apenas com as nossas forças humanas, os nossos recursos bem fracos e limitados. Podemos apelar ao poder de Deus em todas as situações, as mais complicadas, as mais dolorosas. Se nós colocarmos a nossa vida entre as Suas mãos, Ele vai poder ajudar-nos, aconselhar-nos, fortificar-nos.
“Porque nada é impossível a Deus”. Maria não é a única a ser chamada a uma fé total: nós também! Nós devemos acreditar que Deus é Mestre do impossível, que Ele pode realmente tudo, livrar-nos de todas as armadilhas, e desviar-nos de todos os maus caminhos. No entanto, com uma condição, que Maria nos ensina magnificamente na sua resposta final dada ao enviado por Deus; uma resposta que nós podemos, ou melhor devemos dar por nós mesmos:
“Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. É a atitude de amor humilde, de abandono na confiança ao projeto do Senhor para a nossa vida: Senhor vem em meu socorro, salva-me, liberta-me, guia-me; eu quero seguir-te, servir-te como Tu quiseres, onde Tu quiseres, porque eu sei e acredito que perto de Ti está a graça, a luz, a paz, a alegria. Com Maria minha mãe, ela que Te disse “sim”, e que me ensina, a mim, a dizer-Te “sim”.
