Conselho Pastoral respondeu às duas questões fundamentais

Conselho Pastoral respondeu às duas questões fundamentais

No passado dia 11 de janeiro, esteve reunido o Conselho Pastoral da Unidade Pastoral com três pontos na ordem de trabalhos: (i) Integrar os conselheiros na dinâmica do Sínodo, mormente na fase diocesana; (ii) Responder a duas questões fundamentais; (iii) Analisar a melhor forma de recolher a opinião de grupos alargados e representativos da UP sobre 10 áreas temáticas, tendo como base uma proposta do Conselho Permanente da UP.

Visto que na semana passada não havia espaço para tudo, apresentamos agora a nossa resposta à 2.ª questão fundamental: Que passos o Espírito nos convida a dar para crescer como Igreja sinodal?

– Retomar o modelo da Igreja primitiva, cujo segredo de fecundidade era estar alicerçado em Jesus Cristo: na oração, na comunhão fraterna, nos sacramentos, no serviço, na partilha, na formação e no anúncio da Boa Nova.

– Aprender a ler a vida, a história e os sinais dos tempos à luz do Espírito Santo (urge criar o gosto e oportunidades para ouvir a voz do Espírito…).

– Sensibilizar todos os cristãos para a imprescindibilidade da oração e da participação na Eucaristia.

– A Igreja deve ser um local de união e fraternidade (em vez de discórdia e conflito) e de escuta (ouvir todos independentemente da idade, do estilo, do “estatuto”). Devem, pois, ser criadas oportunidades de partilha e reflexão.

– A Igreja deve dar prioridade absoluta à evangelização, implementando no terreno uma estratégia universal, devidamente divulgada, adaptada e articulada entre as dioceses e entre as paróquias/UP.

– Caminhar para uma Igreja aberta, que acolhe e convida todos (sem esquecer ninguém, especialmente os pobres e as “ovelhas perdidas”, mas também os que vivem em situações “irregulares”).

– Caminhar para uma Igreja que comunica a sua mensagem com desassombro, não só para dentro mas também para outros públicos, com uma linguagem comum, que todos entendam, utilizando todos os instrumentos que a sociedade e a tecnologia colocam à sua disposição.

– Caminhar para uma Igreja que seduza, que irradie luz, que crie empatia, que crie segurança e vontade de entrar e fazer parte.

– Caminhar para uma Igreja que “escute” o mundo e aja sem medo.

– Uma Igreja de portas abertas em comunhão com outras comunidades cristãs e em colaboração com outras religiões.

– Cuidar da comunicação pelos meios digitais, sob uma coordenação a nível nacional e diocesano.

– Renovar a estrutura eclesial, tornando-a mais permeável e comunicativa, onde os leigos tenham oportunidade de assumir uma corresponsabilidade efetiva, incluindo critérios de representatividade nas estruturas canónicas a todos os níveis, reconhecendo, efetivamente, que todos – leigos, bispos, presbíteros, religiosos, diáconos – têm a mesma dignidade e caminham lado a lado, com espírito acolhedor e humilde (porque somos fracos e precisamos muitos uns dos outros).

– Criar nos leigos um sentido de pertença à Igreja, levando-os a comprometer-se, esclarecendo as funções de cada membro para que o “Corpo” funcione eficazmente.

– Formar os ministros ordenados, os consagrados e os leigos para a visão sinodal da Igreja, retomando as suas origens.

– Situar a “comunidade” (e não o pároco) no centro da dinâmica pastoral (que deve ser movida pelo Espírito).

– A comunidade tem de se sentir comprometida pelo bem-estar uns dos outros: o Espírito pede-nos para estarmos prontos para servir o outro, escutá-lo e amá-lo (o primado da Pessoa).

– Formar líderes animadores de comunidades e animadores de serviços pastorais.

– Estabelecer canais de comunicação claros e transparentes entre os grupos existentes na comunidade, para que todos – também os jovens – se sintam envolvidos nas decisões, e para que a transmissão de informação ocorra sem problemas.

– Que os presbíteros (e os restantes líderes paroquiais) sejam humildes e acolhedores.

– Os líderes religiosos, assumindo um papel de liderança diferente do tradicional, devem envolver cada vez mais os fiéis na condução da Igreja, atribuindo-lhes responsabilidades concretas na liderança de iniciativas que demonstrem ser válidas, monitorizáveis e articuladas entre si sinergicamente. Por outro lado, deverão estar preparados para delegar responsabilidades, confiando, sem deixar de estar atentos.

– Sermos ousados e criativos, e “profissionais”, para chegarmos muito mais longe e com mais eficácia (não basta a boa vontade).

25- Partilhar as experiências de sucesso entre as múltiplas comunidades espalhadas pelo mundo, para que todos beneficiem dos (bons) resultados.

Deixar uma resposta

A não perder nos próximos dias:

Slide Anything shortcode error: A valid ID has not been provided