De 4 a 12 de agosto, a Unidade Pastoral de S. José e S. João Batista promoveu (mais) uma peregrinação à Terra Santa, percorrendo locais significativos na Jordânia e, especialmente, em Israel. A meia centena de participantes teve o privilégio de ser acompanhado não só pelo pároco, Pe. Jorge Santos, mas também pelo nosso bispo D. Virgílio. Desta forma, a “viagem turística” foi, efetivamente, convertida em “peregrinação” – diria mais, em “retiro”, tantos foram os momentos de oração e de reflexão, culminando com a celebração diária da Eucaristia, normalmente em lugares com particular significado para os cristãos.
Uma peregrinação deste tipo transporta-nos, de forma sublime e emocionante, pelo deserto por onde terá passado o Povo de Deus no seu regresso do Egipto para a “Terra Prometida”, pelo Monte (Nebo), na Jordânia, onde Moisés terá avistado a Terra de Canaã (e sido sepultado), pelo Lago (de Tiberíades) e região circundante onde Jesus pregou e realizou muitos milagres, pelos locais onde terá ocorrido a Anunciação e depois o Nascimento de Jesus (e outros ligados à Sagrada Família e a João Batista) e até “assistimos” ao primeiro milagre, em Caná da Galileia… Subimos depois a Jerusalém e vivemos os momentos comoventes dos últimos tempos de Cristo, no Monte das Oliveiras, no Cenáculo e depois na Via Dolorosa ao encontro da morte (e da ressurreição). E, novamente nas margens do Lago, vimos Jesus, ressuscitado, aparecer aos apóstolos e eleger o pe(s)cador Pedro como chefe da Igreja.
Também houve oportunidade para visitarmos Petra – uma das 7 maravilhas do mundo –, para boiarmos no Mar morto, para sermos esclarecidos acerca da génese da Palestina e assim melhor entendermos a tensão permanente existente naquela região (charneira entre a Europa a Ásia e África, e daí tão cobiçada), para sabermos que os poucos cristãos lá existentes são maioritariamente árabes (palestinianos), vivendo com muitas dificuldades.
Enfim, todos demos graças por esta extraordinária oportunidade. Pessoalmente, vivi intensamente esta minha 2.ª peregrinação à Terra Santa, vendo e revendo a Bíblia, enriquecendo os meus conhecimentos e, sobretudo, crescendo na fé, incrementando a minha intimidade com este Deus – que, de uma forma humana, por ali andou e marcou profundamente a história da humanidade.
Jorge Cotovio