Mariana Loureiro regressou a casa no passado dia 16 de outubro, após 2 anos de missão em Angola pelos Leigos para o Desenvolvimento.
Enfermeira de profissão, Mariana partiu em 2021 para Ganda (Benguela) onde começou a ser construída a nova igreja da Paróquia de São João Baptista. Ao longo dos 2 anos de missão, percebeu que “Angola é o sítio onde a simplicidade, a beleza de coração, o espírito de comunidade, a fé vivida intensamente e o amor gratuito me levam a querer ser mais e melhor em cada dia.”
Na eucaristia dominical de 22 de outubro, Mariana deu testemunho perante a comunidade de São João Baptista da sua experiência enquanto missionária e partilhou com os presentes a carta enviada pela Diocese de Benguela – Vigararia da Ganda, subscrita pelo pároco de São João Baptista de Ganda, Pedro Kavaku Kalei. Na missiva, o pároco agradece o apoio da comunidade-irmã de São João Baptista/Coimbra: “Obrigado pelo Novo Missal Romano, pelas orações universais feriais (pares e ímpares), pelo ritual romano da celebração das bênçãos, pela celebração das exéquias, pela celebração do Batismo e pelo ritual romano da celebração do matrimónio. Que dizer também pelos 1400 euros!!! Muito obrigado! Com o valor angariado (mil e quatrocentos euros) comprámos 266 sacos de cimento, pois cada saco está no valor de 5.000 (cinco mil kwanzas). Quando trocámos o câmbio estava 95.000kz (noventa e cinco mil kwanzas) por cada nota de 100 euros que deu num total de 1.330.000kz (um milhão e trezentos e trinta mil kwanzas). Mais um passo bom foi dado para a nossa construção”.
Na mesma carta, Pedro Kavaku Kalei frisa a importância da generosidade da comunidade-irmã de Coimbra, que se encontra também na fase de construção do seu futuro centro pastoral: “Caríssimo Sr. Padre Jorge e Sr. Padre Francisco, respetivamente, pároco e vigário paroquial de S. João Baptista, Coimbra: peço-vos que façais chegar as minhas calorosas saudações e profundos agradecimentos a cada um dos cristãos pela sua participação nesta campanha. Para além disso, queirais aceitar a gratidão do nosso Bispo, Dom António Francisco Jaca, que ficou admirado com o vosso gesto, uma vez que vos encontrais também no início da vossa construção”.
Mariana retoma, agora, aos poucos, a vida que deixou em Coimbra há 2 anos e que certamente jamais será a mesma, porque “este Deus que me tira diariamente da zona de conforto é o mesmo que me mostra que afinal tenho mais capacidades do que pensava, mais talentos para pôr a render, mais amor para dar e mais criatividade para colocar ao serviço”.
Patrícia Silveira